Multidisciplinaridade
do curso Ciências Atuariais aumenta vantagem competitiva e abre portas para
atuação do profissional nas mais variadas áreas
O acontecimento de
eventos indesejáveis é algo que corremos o risco de vivenciar a todo instante. No
ramo empresarial, um dos principais desafios para as corporações é ter uma boa
gestão de riscos. Em alguns setores, prever o futuro também é
decisivo para o sucesso de uma empresa. Toda essa prática da análise cotidiana do risco é
objeto de estudo do curso Ciências Atuariais.
A graduação, oferecida
pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) no turno da noite,
conta com 30 vagas anuais no vestibular, 10 pelo Exame Nacional do Ensino Médio
(ENEM) e 15 vagas semestrais para egressos de Ciência e Tecnologia. Um prato
cheio para quem é apaixonado pela matemática, o curso abrange disciplinas de:
cálculo numérico; economia; estatística; contabilidade e matemática financeira,
além de possuir noções de direito, administração e marketing.
“O
cientista atuarial é um profissional que trabalha com modelos estatísticos
aplicados às finanças. Então, necessariamente é preciso que ele tenha um bom
embasamento de estatística, em especial seguro; previdência, capitalização e
análise de investimentos”. É o que explica Antônio Hermes, 27 anos, professor de Ciências
Atuariais na UFRN. Toda essa multidisciplinaridade e variedade de áreas de
atuação coloca o futuro atuário em vantagem competitiva no
mercado em relação aos demais profissionais. É o que enfatiza o estudante do 5º
período de Ciências Atuariais, Maickel Ewerson Batista.
Regulamentada
no Brasil em 1969, a profissão ainda é pouco conhecida. Segundo o Instituto
Brasileiro de Atuária, apenas três mil pessoas exercem essa função no mercado
brasileiro e 45 mil em todo o mundo. Entretanto, o mercado de trabalho para o
bacharel em Ciências Atuariais tem crescido. Além de concursos, existe a
possibilidade de colocação profissional em prefeituras de todo o país, já que
os municípios necessitam ter seu próprio regime de previdência. Na UFRN, essa oportunidade
começa a se encaminhar com o projeto iniciado agora no início de 2012. Criado
por professores do Departamento de Estatística e Ciências Atuariais da UFRN, o
projeto visa implantar um regime próprio de previdência social no Rio Grande do
Norte.
Com
um salário de varia de 2.000 a 20.000, o setor privado desse profissional
possui um leque de opções. As melhores oportunidades estão nas companhias de
seguros, entidades abertas de previdência complementar, operadoras de plano de
saúde e empresas de capitalização. Outra área de atuação desse profissional é o
ramo da consultoria estatística, que se propõe a resolver, auxiliar e analisar
problemas de empresas e instituições, como esclarece Mardone Cavalcante França,
professor do Departamento de Estatística e Diretor da Certus Pesquisa e
Consultoria – empresa pioneira no Rio Grande do Norte no ramo da pesquisa e
consultoria.
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