Ao som de “Oh Anna Juliaaaa”, a banda Los Hermanos estourou nas paradas de
sucesso em 1999. Posteriormente, o grupo continuaria a lançar CDs aclamados pela
crítica e a fazer sucesso no cenário nacional.
O vídeo abaixo com Rodrigo Amarante - baixo,
guitarra, tamborim e voz do conjunto - foi realizado em uma coletiva de
imprensa no Festival de Inverno de Vitória da Conquista em 2006. Apesar da
entrevista ser antiga, as críticas levantadas sobre falhas do jornalismo
brasileiro inquietam qualquer graduando de Comunicação Social ou profissional
da área.
Seja pela falta de informação acessível,
ou pelo tempo reduzido e corre-corre na redação, não existe desculpa alguma para um repórter insistir em uma pergunta pelo
simples fato da mesma gerar polêmica e deixar o entrevistado em maus lençóis.
Rodrigo Amarante critica e discorre um pouco sobre o real papel do jornalista no
vídeo abaixo. Confira!
Curiosidade: Rodrigo
Amarantes estudou Jornalismo na PUC-RJ onde acabou por conhecer Marcelo Camelo
e Rodrigo Barba. Mais tarde ele se tornaria um novo membro da banda Los Hermanos.
Diretor
do Instituto Certus conversa um pouco sobre consultoria e pesquisa
estatística
Mardone
Cavalcante França, 63 anos, graduado em Estatística pela Universidade Federal
do Ceará, possui especialização em Estatística Econômica e Social; mestrado
pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (SP) e doutorado em Ciências da
Saúde pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
Atualmente,
Mardone França é professor do Departamento de Estatística e vice-chefe do
Departamento de Ciências Atuariais na UFRN. Além do mundo acadêmico, o cearense
atua no mercado com consultoria e pesquisa na área de pesquisa de opinião
pública.
Diretor-chefe
da Certus Pesquisa e Consultoria, Mardone conta um pouco para gente a história
da sua empresa no Rio Grande do Norte, explica a importância das empresas de
consultoria estatística e como funciona o processo de pesquisa de opinião. Em
ano de eleição para prefeito e vereador, o professor opina também sobre a
influência das pesquisas de opinião na hora do eleitor escolher seu candidato.
Silvia
Correia: Como e quando surgiu a Certus Pesquisa e Consultoria?
Mardone França: Tudo
surgiu por demanda. Ao chegar a Natal, percebi que naquela época, anos 1980, a
cidade não tinha nenhuma empresa nessa área de pesquisa e consultoria
estatística. Juntamente com um colega,
montamos a Axioma. Mais a frente a sociedade foi dissolvida e meu sócio ficou
com o nome. Posteriormente, montei uma empresa chamada Escala, que funcionou
por um tempo sob minha orientação. Porém, segundo o IRP (Instituto de Registro
e Patente) já existia no Brasil uma empresa com esse nome. Então, o nome foi
mudado para Certus, que vem do latim e quer dizer “aquilo que é certo”. E essa
denominação explica bem a proposta da empresa que é fazer pesquisa, colher
informações e dados corretos.
SC: Como se dá o processo de análise e
consultoria estatística?
MF: O cliente apresenta a
problemática. A partir da instituição e/ou produto de análise é que
determinamos o perfil do público que será entrevistado. Então, montamos um
questionário que tem por objetivo responder as dúvidas do cliente sobre o
negócio. Essas informações são escolhidas de forma técnica. Escolhe-se uma
amostra – selecionada aleatoriamente – que é aplicada na população. Com isso,
se obtém os questionários que passarão por um processamento de dados,
analisados estatisticamente. É a partir disso que os relatório serão montados e
informações serão geradas, analisadas e apresentadas ao cliente.
SC: Quais os tipos de pesquisas
oferecidas pela Certus?
MF: Trabalhamos com
Pesquisa de Opinião Pública, que se divide em: pesquisa de mercado; eleitoral,
de avaliação institucional e socioeconômica.
SC: As pesquisas eleitorais servem de
instrumento de influencia da opinião pública?
MF:
Hoje em dia não se faz mais campanha sem pesquisa
eleitoral, sem essa busca de informação e aprovação ou desaprovação de um
possível candidato. Elas influenciam somente o ânimo de um aspirante a prefeito
ou vereador, por exemplo. Se esse candidato não vai bem nas pesquisas, o ânimo
desaparece e sua militância e financiadores acabam por deixar de lado o apoio
dedicado anteriormente. Ou seja, as pesquisas influenciam essa dimensão: a das pessoas
ligadas diretamente à dinâmica de uma campanha. Mas o eleitor, em si, há muita
controvérsia e nada é provado se influencia muito ou pouco.
Multidisciplinaridade
do curso Ciências Atuariais aumenta vantagem competitiva e abre portas para
atuação do profissional nas mais variadas áreas
O acontecimento de
eventos indesejáveis é algo que corremos o risco de vivenciar a todo instante. No
ramo empresarial, um dos principais desafios para as corporações é ter uma boa
gestão de riscos. Em alguns setores, prever o futuro também é
decisivo para o sucesso de uma empresa. Toda essa prática da análise cotidiana do risco é
objeto de estudo do curso Ciências Atuariais.
A graduação, oferecida
pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) no turno da noite,
conta com 30 vagas anuais no vestibular, 10 pelo Exame Nacional do Ensino Médio
(ENEM) e 15 vagas semestrais para egressos de Ciência e Tecnologia. Um prato
cheio para quem é apaixonado pela matemática, o curso abrange disciplinas de:
cálculo numérico; economia; estatística; contabilidade e matemática financeira,
além de possuir noções de direito, administração e marketing.
“O
cientista atuarial é um profissional que trabalha com modelos estatísticos
aplicados às finanças. Então, necessariamente é preciso que ele tenha um bom
embasamento de estatística, em especial seguro; previdência, capitalização e
análise de investimentos”. É o que explica Antônio Hermes, 27 anos, professor de Ciências
Atuariais na UFRN. Toda essa multidisciplinaridade e variedade de áreas de
atuação coloca o futuro atuário em vantagem competitiva no
mercado em relação aos demais profissionais. É o que enfatiza o estudante do 5º
período de Ciências Atuariais, Maickel Ewerson Batista.
Regulamentada
no Brasil em 1969, a profissão ainda é pouco conhecida. Segundo o Instituto
Brasileiro de Atuária, apenas três mil pessoas exercem essa função no mercado
brasileiro e 45 mil em todo o mundo. Entretanto, o mercado de trabalho para o
bacharel em Ciências Atuariais tem crescido. Além de concursos, existe a
possibilidade de colocação profissional em prefeituras de todo o país, já que
os municípios necessitam ter seu próprio regime de previdência. Na UFRN, essa oportunidade
começa a se encaminhar com o projeto iniciado agora no início de 2012. Criado
por professores do Departamento de Estatística e Ciências Atuariais da UFRN, o
projeto visa implantar um regime próprio de previdência social no Rio Grande do
Norte.
Com
um salário de varia de 2.000 a 20.000, o setor privado desse profissional
possui um leque de opções. As melhores oportunidades estão nas companhias de
seguros, entidades abertas de previdência complementar, operadoras de plano de
saúde e empresas de capitalização. Outra área de atuação desse profissional é o
ramo da consultoria estatística, que se propõe a resolver, auxiliar e analisar
problemas de empresas e instituições, como esclarece Mardone Cavalcante França,
professor do Departamento de Estatística e Diretor da Certus Pesquisa e
Consultoria – empresa pioneira no Rio Grande do Norte no ramo da pesquisa e
consultoria.
Cada artista possui sua peculiaridade e esquisitice. Inovar. Essa é a palavra de ordem para qualquer bom artista. No caso dos fotógrafos, para a reprodução de uma foto de qualidade basta apenas disparar a câmera no momento certo. Entretanto, para o fotógrafo americano Alan Sailer, 56 anos, este processo é levado ao pé da letra.
Especialista em fotografia de alta velocidade, Sailer, desenvolveu um mecanismo em que a sincronia entre uma pistola de ar comprimido + uma câmera Nikon D40 registra o exato momento de impacto nos objetos.
Para o processo, o artista explica que diminui o tempo de exposição do flash de um milésimo de segundo para um milionésimo para que, assim, seja possível capturar a imagem em câmera lenta. “A preparação é muito interessante. Leva-se muito tempo para posicionar o objeto e programar a câmera. Um segundo depois acabou. Se você tem a foto, maravilhoso. Do contrário, o que resta é a bagunça para limpar”, afirma Sailer.
O estúdio, onde é exercitada a técnica, fica na garagem da casa do artista e é um local extremamente bagunçado, como explica Sailer: “Explodir esses objetos faz muita sujeira. Eu gasto o mesmo tempo para limpar e para fotografar”.
Apesar de ser uma técnica perigosa, Alan Sailer se protege com a utilização de óculos protetores todo o tempo. “Até hoje, só me machuquei com estilhaços de vidro”, conta o fotógrafo.
Mas e como o trabalho do fotógrafo Alan Sailer ficou famoso? Através do compartilhamento de seu Flickr na internet. Algum internauta achou o site e publicou em sua rede social. Com isso, o número de visualizações das páginas cresceu e centenas de emails começaram a chegar para Sailer, inclusive de jornais e revistas.
Confira abaixo algumas das fotos do fotógrafo do momento explosivo:
Curso de Engenharia Têxtil da UFRN apresenta estande na CIENTEC 2011 sobre customização de roupas
Descarte rápido de peças mais substituição por novas tendências de estação em estação são algumas das premissas do Mundo da Moda. Porém, você já parou para pensar que moda e conservação do meio ambiente podem andar de mãos dadas?
Com a temática “Inovação para o desenvolvimento sustentável”, a 17ª edição da Semana de Ciência, Tecnologia e Cultura (CIENTEC) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) contou com diversas estandes de pesquisas universitárias sobre a pauta sustentabilidade. Entre elas, localizada no Pavilhão III da feira, estava a estande RECICLANDO MODA das estudantes do curso de Engenharia Têxtil.
O objetivo do projeto foi simples: fazer com que os visitantes refletissem sobre o processo de fabricação das vestimentas e promover, assim, o ‘consumo sustentável’. “As pessoas nunca param para se perguntar quanto tempo a roupa que usam vai durar. Ao ser jogada fora, dependendo do material de composição, ela poderá demorar anos para se decompor. Por que então, ao invés de descartar as peças de roupa, não incentivamos e ensinamos sobre a importância da customização?”, afirma Érica Batista, 23 anos, estudante do quarto período de Engenharia Têxtil e participante do projeto.
Érica Batista, 23 anos
Entretanto, compor um visual para muitos dos consumidores não é nada fácil. Muito menos escolher e saber combinar as peças exatas de roupa. Então, o que é necessário para aprender a dar aquele up no look e transformar peças - que já não fazem mais parte da alta estação - em algo prático, bonito e usável no dia-a-dia? Observar looks, degustar blogs de moda e abusar da criatividade, como explica Érica, é a receita perfeita para um guarda roupa fashion e sustentável.
Cinco dicas para deixar seu guarda roupa verde:
1)Planeje antes de comprar. Não compre por impulso;
2)Ame suas roupas. Cuide-as com carinho. Defeitos provocados por “acidentes” podem ser reparados;
3)Evite lavagem a seco. Máquinas de lavagem a seco usam tetrachloroethylene, uma substância cancerígena;
4)Encontre uma nova utilidade. Reciclar não é somente reaproveitar. Seja criativo, inspire-se no mundo a sua volta e aproveite o que já existe para reinventar;
5)Escolha roupas éticas. Muitas empresas, além de cuidarem da natureza, investem em sustentabilidade e responsabilidade social. Valorize e incentive esse tipo de ação.
22 de agosto de 1908: nascia em Chanteloup, França, aquele que mais tarde ficaria conhecido como um dos pais da fotografia moderna e do fotojornalismo - o repórter, fotógrafo e artista Henri Cartier Bresson.
Descendente de família burguesa parisiense, Bresson cresceu em meio a um ambiente afortunado. Quando criança, o pequeno Henri ganhou sua primeira câmera fotográfica, uma Box Brownie, com a qual produziu inúmeros instantâneos. Esse acesso facilitado às novidades tecnológicas acabou por gerar uma obsessão no menino pelas imagens.
Em 1931, aos 22 anos, Cartier-Bresson viajou à África, onde passou um ano como caçador. Entretanto, uma doença tropical obrigou-o a retornar à França. Foi neste período, durante uma viagem a Marselha, que ele descobriu verdadeiramente a fotografia, inspirado por uma fotografia do húngaro Martin Munkacsi, publicada na revista Photographies (1931), mostrando três rapazes negros a correr em direção ao mar, no Congo.
por: Martin Munkacsi
Nesse meio tempo, ele comprou uma câmera portátil da marca Krauss. Contudo, a sua paixão pela arte de fotografar tornou-se latente ao ser apresentado a mais famosa câmera alemã: a Leica. Foi amor à primeira vista. A partir desse dia, o fotógrafo e a máquina seriam como unha e cutícula. “Desde que a encontrei, jamais me separei dela”, disse uma vez - em entrevista - Cartier Bresson.
“O papel do fotógrafo é documentar e para isso o necessário é uma câmera eficiente e intuição”, disse Bresson. Por outro lado, muito mais que a finalidade da reportagem de retratar o momento histórico, suas fotografias encantaram também pela beleza e originalidade. Suas fotos podem não ser espetaculares, mas certamente são lindas e verdadeiras. Em seu livro “Os europeus”, chama a atenção: “Os fotógrafos não fazem mais do que mostrar as agulhas do relógio, mas eles escolhem os seus instantes”.
Em 1932, ele iniciou sua carreira fotográfica, tornando-se o mais influente fotojornalista de sua época, desenvolvendo um estilo definido como a busca pelo “momento decisivo” ou “instante mágico”.
Para ele é o momento decisivo que expressa a essência de uma situação. Por isso, nunca realizou nenhum tipo de retoque ou manipulação de suas imagens.
("O Momento Decisivo" foi, inclusive o nome do seu primeiro Grande Livro: "The Decisive Moment" em 1952).
Sua contribuição para a reportagem é inegável, mas foi fotografando cenas cotidianas durante o período de 1930 a 1960 que sua fama se consolidou.
Cartier serviu ao exército fracês na Segunda Guerra Mundial, onde foi preso pelos nazistas e participou da Resistência Francesa. E em 1947, quando a paz foi estabelecida, o repórter fundou a agência fotográfica de fotojornalismo “Magnum”, em parceria com Bill Vandivert, Robert Capa, George Rodger e David Seymour. Esse foi o período do desenvolvimento da sofisticação do seu trabalho.
A MAGNUM
A agência de fotografia continua no mercado até hoje. No site, podemos encontrar a seguinte frase de Bresson: “Magnum é uma comunidade de pensamento, de uma qualidade humana compartilhada, a curiosidade sobre o que está acontecendo no mundo um respeito pelo que está acontecendo e um desejo de transcrevê-lo visualmente".
Vídeo com as mais famosas fotos da Magnum:
Em 1966, por motivos pessoais, Bresson retirou-se da Magnum, mas permitiu que a Agência continuasse a distribuir suas fotos.
CARREIRA
Bresson fotografou eventos importantes da história mundial, entre eles: a morte de Gandhi, a China nos últimos meses do Kuomitang, a luta pela independência da Indonésia, o início da República Popular da china, o décimo aniversário da Revolução Popular Comunista, documentou a Rússia comunista (após a morte de Stalin) e a Revolução Popular Chinesa.
Revistas como a Life, Vogue e Harper's Bazaar contrataram-no para viajar o mundo e registrar imagens únicas. Da Europa aos Estados Unidos da América, da Índia à China, Bresson registrou os “instantes mágicos”. Tornou-se conhecido mundialmente por trabalhos publicados nas revistas Life e Paris-Match. Em 2000, estabeleceu a fundação que leva seu nome.
02 de agosto de 2004: morre com 95 anos, na cidade de Provença – na França – o famoso e mais conhecido “Pai do Fotojornalismo”. Seu nome figura ao lado dos grandes mestres da fotografia e sua linguagem e técnica continua a servir de inspiração às gerações de fotógrafos.