sexta-feira, 3 de abril de 2009

Não à exclusão!

2008:Europa,um aborto a cada trinta segundos; Espanha,um aborto a cada cinco minutos. O recente estouro do crescimento do aborto em solo espanhol está mobolizando a consciência cidadã, segundo Eduardo Hertfelder (presidente do Instituto de política Familiar no país).
Desde a Antiguidade, quando era admitido pelos gregos e punido pelos romanos com pena de morte por envenenamento, o aborto é tema de debate. Aqui no Brasil é cosiderado crime,mas o nosso Código Penal abre três precedentes: em caso de estupro, atrofiamento cerebral ou pré-eclâmpsia(onde ou morre a criança e mãe ou opta-se pelo ato abortivo).
Há todo tipo de argumentação contra ou a favor da legalização do aborto. Os que seguem a linha de pensamento a favor, acreditam que a vida não começa na concepção, mas com a formação do sistema neurológico, se baseando na lei brasileira que considera que o cidadão só deixa de existir quando sofre morte cerebral. Contudo, essas pessoas esquecem que a partir do momento que os 23 cromossomos masculinos transportados pelo espermatozóide se fundem com os 23 cromossomos do óvulo da mulher, já existe todo um mapeamento genético nunca antes visto, e portanto, um novo ser.
Há quem defenda também que o aborto é, antes de tudo, uma questão de saúde pública pelo fato de ter gente que afirma, erroneamente, que autorizá-lo livra milhões de mulheres da morte e pode até reduzir os índices de violência. "Isso é uma mentira." Afirma a ex-senadora Heloísa Helena (PSOL). Então, dizer que o ato abortivo é questão de saúde pública e a solução é a sua legalização é o mesmo que querer resolver o problema de um usuário de drogas legalizando o comércio de entorpecentes no país. A solução está na prevenção, educação e na informação correta, mas também no atendimento médico e psicológico pelo Estado a todas as mulheres vítmas de estupro ou que chegaram a uma gravidez indesejada.
Com isso, fica o seguinte questionamento: se nos preocupamos com um arpão que atravessa a cabeça de um boto cor-de-rosa na Amazônia, por que não nos sensibilizarmos com o destroçamento, pedaço por pedaço, do corpo de um ser humano? Quantos Beethoven, Pasteur ou Charlie Chaplin já foram destruídos? Legalizar o aborto é optar pela exclusão. É criar uma sociedade em que fetos mal formados ou simplesmente indesejados sejam descartados. Como papel usado, lápis quebrado. Como lixo! Mas são pessoas e querem viver. Quem falará por eles? Quem lhes tomará a defesa? Como se não bastasse a imensa desigualdade social já existente.

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