Posso dizer que  prefiro o inconstante. Não é que eu prefira o volúvel, o incerto. Mas é  que gosto do mutável. Admiro aquele que se modifica, aquele que está disposto  a evoluir seus conceitos sobre as coisas e a mudar de opinião e  reconhecer os erros que cometeu.
Sim, opto por pensar assim. Pessoas  previsíveis demais são chatas, sem graça e perdemos o interesse logo.  Tudo bem que conviver com uma caixinha de surpresas é difícil e  arriscado. Todavia, a vida é curta o suficiente para que a gente aprenda  que o melhor é se arriscar. E eu posso lhe garantir que quando nos  arriscamos ela fica bem melhor. E são exatamente  esses – os momentos de  risco – que mais nos lembraremos e guardaremos para contar aos nossos  possíveis netos daqui a uns anos.
 

 


