quinta-feira, 18 de junho de 2009

Corrente

Sou grato ...
À MINHA MULHER, por dizer que teremos cachorro-quente ao jantar, porque ela está em casa comigo e não com algum outro não sei onde! AO MEU MARIDO, esparramado no sofa como um purê de batata, porque ele está comigo e não em algum boteco... À ADOLESCENTE LÁ DE CASA, que está reclamando por ter que lavar a louça, porque isso significa que está em casa, e não nas ruas... PELOS IMPOSTOS QUE PAGO, POIS ISTO SIGNIFICA QUE ESTOU EMPREGADO... PELA BAGUNÇA QUE RESTOU DEPOIS DA FESTA PORQUE ISTO SIGNIFICA QUE ESTIVE RODEADO DE AMIGOS...
PELAS ROUPAS QUE ESTÃO FICANDO APERTADAS,PORQUE ISSO SIGNIFICA QUE TENHO MAIS QUE O SUFICIENTE PARA COMER... PELA MINHA SOMBRA QUE ME OBSERVA EM AÇÃO PORQUE ISSO SIGNIFICA QUE ESTOU FORA, AO SOL... PELA GRAMA QUE PRECISA SER CORTADA, PELAS JANELAS QUE PRECISAM SER LIMPAS E PELAS CALHAS QUE PRECISO CONSERTAR,PORQUE ISSO SIGNIFICA QUE TENHO UMA CASA... POR TODAS AS QUEIXAS QUE OUÇO CONTRA O GOVERNO PORQUE ISSO SIGNIFICA QUE TEMOS LIBERDADE DE EXPRESSÃO...
PELA VAGA QUE ACHEI BEM NO FINAL DO ESTACIONAMENTO PORQUE ISSO SIGNIFICA QUE POSSO CAMINHAR E QUE TENHO MEIO DE TRANSPORTE...

PELA CONTA MONSTRUOSA DE ENERGIA QUE PAGO PORQUE ISSO SIGNIFICA QUE ESTOU SEMPRE CONFORTÁVEL... PELA SENHORA DESAFINADA QUE CANTA ATRÁS DE MIM NA IGREJA PORQUE ISSO SIGNIFICA QUE POSSO OUVIR....
PELA PILHA DE ROUPAS PARA LAVAR E PASSAR PORQUE ISSO SIGNIFICA QUE TENHO ROUPA PARA VESTIR...

PELO CANSAÇO E MÚSCULOS DOLORIDOS AO FINAL DO DIAPORQUE ISSO SIGNIFICA QUE FUI CAPAZ DE DAR DURO O DIA INTEIRO...

PELO ALARME QUE DESLIGO PELA MANHÃ PORQUE ISSO SIGNIFICA QUE CONTINUO VIVO...
PELOS ALOPRADOS QUE SÃO MEUS COLEGAS DE TRABALHO, PORQUE TORNAM O TRABALHO INTERESSANTE E DIVERTIDO...
E, FINALMENTE, POR RECEBER E-MAILS DEMAIS, pois isso significa que um monte de amigos pensam em mim!!!
Viva bem, ria sempre e ame com todo o seu coração!

Essa foi uma corrente que recebi de uma amiga e que me fez refeltir bastante. Me fez ver que apesar dos altos e baixos das nossas vidas, sempre devemos procurar o melhor lado do que acontece.
É muito melhor cultivar só as coisas boas e apertar na tecla DELETE tudo o que nos faz mal e nos coloca para baixo. Nada, mas nada mesmo só possui um lado ruim.
Por isso, a apartir de agora quando algo acontecer, procure o lado positivo desse acontecimento e não se deixe abater nunca! ;D

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Reorganizando conceitos

Com o desenvolvimento da Terceira Revolução Industrial, o mundo sofreu um grande abalo. O avanço tecnológico provocou a crescente difusão dos meios de comunicação de massa – da mídia – facilitando o acesso à informação pelo jovem.
Devido a esse acontecimento, o professor já não é mais o dono do saber nem da notícia. É com maior freqüência que os jovens chegam à s salas de aula com novos conhecimentos, até então, desconhecidos pelo educador, pois este - na maioria dos casos – não tem acesso às novas tecnologias. Isso gera o desinteresse desses alunos que, a não darem atenção à aula, acabam atrapalhando-a.
Contudo, o grande problema não está na desatualização tecnológica de alguns docentes, mas na distorção do comportamento dos jovens com o passar do tempo. O antigo ditado popular: “Quando o burro mais velho fala o mais novo murcha a orelha”, foi esquecido. O respeito aos mais velhos não é mais imprescindível e o desrespeito dos estudantes aos seus mestres é cada vez mais comum.
Discentes dispersos, falta de interação, conversas paralelas: esse é o perfil da maior parte das salas de aula, tanto de escolas públicas e privadas quanto nas universidades particulares e federais. É por causa desse desacato e desinteresse que os educadores perdem a vontade de se empenhar e ministrar a aula adequadamente. Com isso, os alunos que ainda queriam alguma coisa acabam perdendo o interesse, o que faz parecer com que o tempo na escola não passe.
Portanto, cabe ao docente atualizar-se e adequar a aula ao novo contexto, mas é também dever do aluno parar um pouco e ver se realmente a aula não presta ou se não é ele que não contribui para melhorar a situação. Antes de criticar, faça uma auto-análise e reveja seus conceitos. Só assim, com essa mudança de comportamento, o tempo nas salas de aula poderá ser muito mais bem aproveitado.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Apenas mais uma demonstração de poder

É engraçado como a Copa do Mundo, as Olimpíadas, ou os mundiais, sempre vêm e servem para camuflar a pobreza do nosso país. Basta um evento que sirva de política do pão e circo para as pessoas se esquecerem dos problemas que a nossa população sofre e até mesmo das suas próprias necessidades. A copa do Mundo de 1970 foi um exemplo disso. Enquanto o sentimento nacionalista/ufanista era disseminado pelos meios de comunicação de massa e com isso os brasileiros vibravam com a conquista da copa, a ditadura - em nosso país – vivia a sua fase mais cruel com o governo Médici: auge da ação dos instrumentos de repressão e tortura.
Saindo de uma escala nacional e vindo para uma estadual, é mais irônico e cruel ainda ver a cena dos nossos políticos e alguns de seus bajuladores se abraçando e chorando por Natal ter sido escolhida para sediar de dois a três jogos da Copa do Mundo de 2014. É triste saber que a nossa classe política se empenha, entusiasma e se une tanto, apenas para demonstrar poder ao mundo com uma ilusão que podemos sediar esses jogos. O bonito seria vê-los lutando por uma melhoria dos nossos hospitais e escolas públicas que se encontram em estado de calamidade. O mais emocionante seria eles saírem em campanha com projetos eficientes que livrassem nossos jovens e crianças das drogas ou da prostituição.
Mas não! Natal, uma cidade sem infra-estrutura nenhuma; que se chover um pouco a mais tudo alaga; que possui estradas deterioradas; nenhum incentivo ao esporte; e a segurança pública há muito tempo não vem cumprindo os seus deveres foi escolhida para sediar uma Copa do Mundo. É inacreditável saber que a cidade possui 300 milhões para investir na sua melhoria ‘estética’, por causa de jogos, mas não se tenha renda para a melhoria de sua população.
Pior ainda é se ter gasto 17 milhões - no ano passado - na reforma do Machadão e a prefeitura cogitar demoli-lo. “É para o bem da cidade, para modernizá-la.” (afirmam nossas forças políticas). Como se Natal já não tivesse perdido praticamente todo o seu patrimônio histórico em prol dessa ‘modernidade’. Não é ser contra a copa, ou a modernização, ou simplesmente estar pregando um pensamento socialista hipócrita, mas apenas estar alertando que nem tudo são maravilhas.
Espero que tudo dê certo, que o nosso Brasil vá pra frente e que, realmente, o nosso Estado e cidade possam arrecadar fundos para as reformas, mas principalmente, que os nossos políticos lembrem de trabalhar para a melhoria dos potiguares que é a sua real função.

domingo, 7 de junho de 2009

O caminho certo para a felicidade

O mundo capitalista, altamente informatizado, nos encanta com seus maravilhosos bens-materiais, como: celulares, computadores, carros, roupas, viagens. Mostra-nos, por meio de propagandas, que adquirimos felicidade com a compra de uma de suas “maravilhas”. Equipamentos estes, na maioria das vezes, supérfluos que – devido a Revolução Tecno-científico-informacional – são substituídos por outros mais modernos em um curto intervalo de tempo. Acabamos virando marionetes desse vício consumista. Comprar, comprar e comprar. Adquirir mais e mais bens, poder e sucesso. E assim fica a nossa sociedade, com o conceito de que o dinheiro compra tudo, de objetos a pessoas e sentimentos.
É bem verdade que o dinheiro nos proporciona conforto, um padrão de vida melhor, mas nada compra a felicidade, pois se comprasse o índice de depressivos e de casais divorciados não seria tão exorbitante.
Dinheiro, poder, status nunca trouxeram felicidade. Só serviram para desencadear disputas como as Guerras Médicas (conflito geopolítico pelo Mar Mediterrâneo entre os gregos e persas) na Antiguidade ou, no mundo Contemporâneo, o ataque das Torres Gêmeas nos EUA que desencadeou a xenofobia ao povo do Oriente Médio. Sem falar que se dinheiro e/ou desenvolvimento tecnológico gerassem felicidade, o Japão já não deveria ter mudado o seu estilo de vida e sua cultura, não apresentando mais uma sociedade altamente pressionada com o maior índice de suicídios de jovens no mundo?
Apesar de muitos passarem por dificuldades financeiras e por isso serem manipulados, explorados e viverem infelizes, o problema da falta de felicidade não está apenas na má distribuição de renda, mas na atual configuração da sociedade. Vivemos em mundo repleto de pessoas egoístas e solitárias, presas em mundinhos virtuais não interagindo mais umas com as outras; Pais extremamente ocupados que esquecem que proporcionar bens-materiais sem distribuir carinho, atenção e ombro amigo não livra seus filhos de problemas como: anorexia, bulimia, bullying, agressões, violência, infelicidade, solidão.
As pessoas precisam aprender que o verdadeiro caminho para a felicidade é termos um lar, uma família estruturada e companheira que nos ensine a separar o joio do trigo; ter saúde para podermos ir em busca dos nossos objetivos e sonhos; saber colocar em prática o real significado do amor, compaixão e solidariedade; ter dinheiro, mas o suficiente para vivermos longe da fome e da miséria e, principalmente, abrir nossos corações e nos permitir reconhecer a felicidade naquilo que os nossos olhos vêem e naquilo que já possuímos, pois uma das piores coisas é a felicidade bater na nossa porta e não termos sensibilidade suficiente para reconhecê-la.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

O Desafio

Os três dias mais esperados do ano de 2008, por Carol, se aproximavam. As últimas duas semanas antes do vestibular foram inquietantes. Ela havia decidido largar todos os livros e assistir apenas as aulas do colégio, pois como disse sua mãe: “Se você não aprendeu em 14 anos de estudo, não aprenderá em 14 dias”. Então, a garota de 17 anos, ficou a observar vários de seus amigos se desgastarem nas revisões de véspera dos isolados e aulões. Contudo, sentimentos de culpa e preocupação invadiam sua mente e dominavam seu coração. O medo de fracassar e desapontar seus familiares, amigos e a si mesma não a deixavam se acalmar. Os dias passaram e com eles, como que por um toque de mágica, uma inexplicável tranqüilidade se apoderou da jovem.
Um ambiente repleto de gatos, a mãe a ‘tira-colo’ para dar uma forcinha e a recente calma adquirida a acompanharam por toda a maratona de provas do vestibular 2009 da UFRN. Passado o desafio, agora só restava esperar e esperar. A impaciência voltou e junto a ela a insônia. Mesmo estando consciente de que havia realizado boas provas, o medo da concorrência ou a inexperiência a atingiam. Então, no dia 03 de dezembro, o resultado da primeira fase finalmente foi divulgado.
Caroline passou a manhã inteira inquieta e pela tarde foi comemorar o aniversário do seu tio. No caminho de volta, o trânsito resolveu não colaborar e de repente uma chuva muito forte começou a cair. O tempo passava, o horário da divulgação do resultado se aproximava e nada de chegar em casa. Tudo parecia dar errado. Até que – por volta das 17h 40min – o seu tio aniversariante liga. A garota atende e pressente que com essa ligação viria a notícia da aprovação ou não.
-Alô, tio? E aí?
-Didi, você passou!! E adivinha a sua colocação.
-Sei não tio, diz!
-16a colocada!
O tempo parou. Ela não sabia se ria, gritava ou chorava. Foi um momento de emoção que contagiou todos no carro. E eram abraços e beijos, choros e risos. Ela tinha ficado bem colocada na primeira fase que era o seu maior medo por conter as matérias não específicas de sua área: Humanas II. Com isso a aprovação já era quase certeza.
Quase um mês depois, logo após as festas de final de ano, no dia 02 de janeiro de 2009, saiu o resultado final. Em uma belíssima manhã, o sol forte do meio dia vibrava, assim como o coração da garota. Ao ver o seu nome na tela da televisão foi uma felicidade só! Depois o que era de telefone tocando para parabenizá-la foi um absurdo.
Durou até quase 14h 30min, quando a sua mãe chegou do trabalho para acompanhá-la na festa de aprovação no seu amado colégio. Alegria; comemoração; farinha de trigo; muita tinta; camisa de aprovação com direito a band-aid personalizado; tinha de tudo lá.

Carol estava atônita, não conseguia acreditar que o esforço de 14 anos havia sido recompensado. A primeira etapa para a realização de seu maior sonho, de se tornar uma boa jornalista, havia sido vencida. Agora só restava a dedicação e o empenho ao longo do curso. Mas isso já é outra história que fica para outra edição. ;)

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