terça-feira, 31 de março de 2009

Terceira Idade: devemos zelar pelo nosso futuro.

Cada dia que passa torna-se mais comum ver idosos nos ônibus, parques, praças e, também, nos centros, postos de saúde e hospitais. Uma das principais causas desse aumento é a queda de fecundidade, isto é, atualmente nascem bem menos crianças do que no passado. Contudo, não é só isso: ocorreu também a queda nas taxas de mortalidade e, consequentemente, o aumento da expectativa de vida da população. Este aumento se deu pela melhoria nas condições gerais: as pessoas estão se cuidando mais; se alimentando melhor; sem falar que o avanço tecnológico tem contribuído bastante.
O Brasil, que durante anos ficou conhecido como um país jovem, já apresenta uma imagem mais madura. Segundo o Censo de 2000, do IBGE, menos da metade da população brasileira (49%) está abaixo dos 24 anos. Devido a esse histórico de país jovem e, sobretudo, por conta das recentes pesquisas que apontam o grande potencial de consumo dos adolescentes, a nossa cultura passou a valorizar muito a juventude. Proporcionar alegria e prazer de viver ao jovem é um argumento do nosso cotidiano - na família, na mídia e nas campanhas de marketing. Devido a esse modelo cultural em que a estética/juventude é supervalorizada, em detrimento da velhice, o preconceito contra o idoso está presente em nossa sociedade.
A idade avançada deixa os nossos velhinhos mais vulneráveis e, geralmente, são vítimas de quedas e atropelamentos. Há também o problema dos motoristas de transportes coletivos que não gostam de levar idosos por estes não pagarem a passagem. Sem falar dos maus tratos recebidos pelos seus parentes. Outro exemplo da falta de respeito com o idoso ocorre aqui mesmo, em Natal, nas agências do Banco do Brasil: passam-se horas e horas nas filas preferenciais, mas atendimento que é bom não se tem. Tudo isso é uma falta de respeito para com o idoso e com a Constituição! A velhice, que é a etapa mais longa da vida, tem que ser marcada por IGUALDADE, VALORIZAÇÃO E INCLUSÃO SOCIAL.

Um exemplo dessa inclusão social dos idosos ocorreu agora no BBB 9, transmitido pela Rede Globo: sempre criticada pelo limitado perfil dos selecionados para participar do programa, a Globo, resolveu inovar na nona versão do reality show. E mostrou que não houve choque algum de geração, que assim como os jovens, os idosos sabem também se divertir, porém cada um com o seu próprio ritmo, o que não quer dizer que sejam menos competentes.
Envelhecer é o exercício de viver, tanto que nas sociedades orientais é entendido como sabedoria. De forma oposta e errônea, aqui no ocidente, é notado pela alteração de algumas funções orgânicas. O próprio adjetivo “velho” nos dicionários figura como: obsoleto, antiquado e gasto pelo uso, mas esquecemos que na linguagem coloquial a expressão “meu velho ou véi” traduz camaradagem, confiança, amizade e companheirismo – este é o real significado do envelhecimento. Nós devemos cuidar mais dos nossos “avozinhos”. Certamente, a chamada terceira idade poderá ser vivida com mais tranqüilidade e menos complicações se os idosos forem cercados de atenção, consideração e carinho. E nesse ponto eles são como qualquer um de nós... Afinal, quem não gosta de atenção e carinho? Esse não seria o melhor jeito para se viver?

domingo, 29 de março de 2009

Bullying: ameaça corriqueira

A nomenclatura bullying representa todas as formas de atitudes agressivas, intencionais e repetidas, que ocorrem sem motivação evidente, adotadas por um ou mais estudantes contra outro(s), causando dor e angústia, e executadas dentro de uma relação desigual de poder.
O bullying é um problema mundial, sendo encontrado em toda e qualquer escola, não estando restrito a nenhum tipo específico de instituição: primária ou secundária, pública ou privada, rural ou urbana. Pode-se afirmar que as escolas que não admitem a sua ocorrência entre os alunos, ou desconhecem o problema ou se negam a enfrentá-lo.
Com apenas 16 anos, a carismática atriz e cantora Miley Cyrus – que interpreta a personagem Hannah Montana da Disney – revelou na sua auto-biografia ( Miley Cyrus: Miles To Go, lançada nos EUA nesta última terça [03/03] que no início da sua adolescência sofreu o bullying: as meninas faziam complô contra ela e isso tinha até nome “Clube Anti-Miley”. A atriz afirma que se sentia "sozinha e infeliz". Mas, por possuir um suporte de família, a cantora conseguiu superar esse problema e hoje é considerada a nova princesa da Disney.
A novela Caminho das Índias, transmitida pela Rede Globo, mostra esse problema: um grupo de meninos, provavelmente todos pertencentes a famílias desestruturadas, agridem verbal e fisicamente outros colegas que não possuem recursos, status ou habilidade para reagir ou fazer cessar os atos danosos contra si. Na maioria dos casos, a culpa desse comportamento é dos pais que exercem uma supervisão pobre sobre seus filhos, toleram e oferece como modelo para solucionar conflitos o comportamento agressivo ou explosivo, como vemos na novela com o ator Duda Nagle - Zeca/o filho - e o seu pai César Gallo (Antônio Calloni) e sua mãe Ilana Gallo (Ana Beatriz Nogueira).
Entretanto, muitas vezes, a culpa também é da escola: as medidas adotadas pelas escolas para o controle do bullying, se bem aplicadas e envolvendo toda a comunidade escolar, contribuirão positivamente para a formação de uma cultura de não violência na sociedade.

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